Facebook: páginas que publicam notícias falsas não poderão comprar anúncios

Em mais uma medida para conter a proliferação de fake newsno Facebook, a rede social anunciou que páginas que publiquem informações falsas ou mentirosas serão proibidas de adquirirem anúncios. De acordo com a empresa, trata-se de mais uma medida para minar o alcance de veículos que promovam a desinformação ou que estejam tentando manipular a opinião pública.
Segundo a rede social, a medida deve entrar no ar em breve e funcionar a partir das dinâmicas de denúncias por usuários. Além disso, a restrição será aplicada de acordo com o trabalho de agências externas de checagem de fatos, que também firmaram parcerias com o Facebook justamente para reduzir a proliferação de fake news e evitar a desinformação dos usuários.
São poucos os detalhes revelados, apesar de a companhia já ter falado como tudo vai funcionar. Como conta a empresa, as páginas precisarão ter um determinado número de publicações disputadas – aquelas denunciadas por usuários e confirmadas como falsas pelas agências, ou somente essa segunda etapa. Caso ultrapassem o limite, não poderão mais adquirir anúncios para impulsionar os posts.
A medida, por outro lado, não é definitiva. Caso o publicador passe algum tempo, também não revelado, sem ser marcado como alguém que publica fake news, a restrição chega ao fim e a página pode voltar a adquirir publicidade, desde que, logicamente, não volte a incorrer na infração.
A mudança veio de uma preocupação com o fato de que muitas destas páginas infratoras estariam usando o sistema de impulsionar publicações para construir uma audiência. Com a novidade, o Facebook tenta retirar o aspecto “econômico” da coisa, reduzindo os incentivos disponíveis para que os responsáveis por ventilar fake newscontinuem a fazer isso.
Já há alguns meses, o Facebook vem anunciando mudanças de funcionamento e táticas para impedir a proliferação de notícias falsas, principalmente depois dos relatos de que tais informações ajudaram a manipular os resultados de eleições nos Estados Unidos e na França. As mudanças vêm alterando o funcionamento de páginas e fechando o cerco contra aqueles que trabalham com práticas desse tipo.
Fonte: TechCrunch